Ban Ki-moon pede aos países africanos que respeitem os homossexuais
29.01.2012 – 09:24 Por PÚBLICO
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu hoje aos países africanos que respeitem os direitos dos homossexuais, num discurso por ocasião da XVIII Cimeira da União Africana, em Addis Abeba.
“Uma forma de discriminação, ignorada ou mesmo aprovada por numerosos Estados durante demasiado tempo, é a discriminação com base na orientação ou identidade sexual”, declarou o responsável da ONU.
“Isso levou os governos a tratarem as pessoas como cidadãos de segunda classe, ou criminosos”, acrescentou o mesmo responsável.
A homossexualidade é proibida por lei numa grande maioria de países africanos – com poucas excepções, como por exemplo na África do Sul.
No Uganda, por exemplo, o Parlamento tenta há vários meses endurecer a legislação contra a homossexualidade – já punida com penas de prisão de longa duração -, prevendo até a pena de morte, particularmente nos casos de reincidência.
O secretário-geral da ONU estimou que “o futuro de África depende igualmente do investimento em direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais”.
Na mesma ocasião o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou igualmente aos dirigentes africanos que escutem os seus povos e que tirem as devidas lições das revoluções árabes, numa altura em que a legalidade da candidatura contestada de Abdoulaye Wade está a suscitar grandes tensões no Senegal.
No seu discurso de abertura Ban Ki-Moon estimou que as revoluções árabes foram “à vez, uma fonte de inspiração mas igualmente uma lembrança que os dirigentes deverão escutar os seus povos” e “fazer melhor”.
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